O LAGARTO PINTADO
Um lagarto pintado
No chão rosado
Vive ao sol sem perder
O sangue-frio,
Chama-se Onofre,
Nome de santo
Ou de catástrofe,
Ele não se aborrece
Com o nome que lhe dão
Os animais de sangue quente.
LISBOA EM PARIS
Se quereis saber,
Estive uma vez em Paris
E depois de lá ter estado
Prefiro Paris
A Lisboa
Ou Paris
Em Lisboa,
O que já houve,
O que já não há,
Almada Negreiros teria lamentado,
Ele, que publicitava a Alfaiataria Pires,
Que não ficava em Paris.
NOTA BIOGRÁFICA
José Pascoal
N. 1953, Torres Vedras, Portugal
Licenciado em Direito, escreve poesia, sobretudo.
Em 2107, inicia a publicação duma quadrilogia dedicada à poesia escrita entre 1972 e 2017:
– Sob Este Título, Editorial Minerva, Lisboa, 2017
– Antídotos, Editorial Minerva, Lisboa, 2018
– Excertos Incertos, Editorial Minerva, Lisboa, 2018
– Ponto Infinito, Editorial Minerva, Lisboa, 2018 (no prelo)
Inéditos publicados nas revistas 7faces, Triplov-site dedicado a Ernesto de Sousa, InComunidade e Caliban
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