O livro tem prefácio do escritor e ensaísta Caio Cardozo Tardelli e assinatura da orelha, do escritor, Jornalista e crítico literário Márwio Câmara, e da Jornalista Patrícia Paixão.
Segundo Caio Cardozo Tardelli “ O leitor está diante de uma obra em que, de uma maneira um tanto atonal, traz uma imagética muito próxima àquela trabalhada pela surrealista espanhola Remédios Varo, pintora que tem sido redescoberta pouco a pouco. Carla Moura, em seu primeiro livro, já almeja a companhia das estrelas como se fossem as suas almas irmãs. Logo no poema introdutório, uma estrofe de evocação ao habitat natural da poeta: as estrelas
Já o Jornalista e crítico literário Márwio Câmara afirma que “Os versos de Carla Moura materializam o mundo não escrito que habita dentro da subjetividade da poeta e também de cada um de nós. A figura da Noite ecoa como uma vitória enuncia coisas quase nunca ditas. Essas passagens são análogas às estrelas, que exercem muito mais do que a função de corpos celestes dentro das inclinações da poeta. As estrelas, neste caso, são a completude singular e vital dos nossos sentimentos. Sua poesia mostra uma ambígua insatisfação. Seus versos falam de sentimentos humanos, de maneira lírica e sensível, neles habitam afetos, desilusões e pequenos insucessos, além de um sentimento vertiginoso pela liberdade.”
Márwio Câmara, jornalista e crítico literário
Quando eu nasci
Estrela forte e dolorida
Pulsava amor incandescente já em mim
Pulsava liberdade, pulsava bravo de tanto que brilhava.
Muito intenso,
Tão crente de viver
De ser viva.
E caminhando como quem sonha
Como quem sente tudo
E querendo e desejando demais
Procurando aquilo que me fizesse habitar
Como estrelas cadentes que explodem
À espera de um pedido, de uma reza.
Fenômeno que brilha
Aquele se chama de amor
Súbita
E que tece tantos sonhos no luar.
Mas eu passo
E caminho tanto sem nada nunca encontrar
Esmoreço meus passos
E meu canto
Estrela dourada que pulsa e pulsa
Pelos segundos que se findam; passa tão cheia de
versos
Por todas as madrugadas
A esperar
Até o último sono
A morte forte e dolorida.
Carla Moura é Jornalista e participou de duas antologias em 2017, Mulheres Nuas e Universos- Antologia Poética e escreve no Blog Parafraseando.
Parabéns Carla.Seu livro é uma pequena Joia.