Está só pele e osso
língua e saliva,
costelas abocanhadas –
ela quase virou comida.
Seu rosto de pelos,
um campo de trigo
sob o vento
de olhar para o lado –
reluz do ouro ao negro,
reluz do negro ao ouro.
As sombras
que mexem em si
passam
de raspão por mim
e mostrar os dentes
nem sempre é sorrir.
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