A lona do Circo
A lona do Circo está toda furada…
A fina
Luz
Macula a já frágil
atenção do Espetáculo
junto uma afiada
Brisa navalha
Incomoda
Impertinente
Audaciosa
Pinga
Goteja
ruidosa.
.
.
Ossário de Pipas
Pela manhã alquímica
A cidade banhada de ouro solar
Sob uma gélida brisa
Nos telhados, ossário de pipas
Vestígios da infância
de outros finais de semana
.
.
Vou te contar um segredo…
Quando criança
Eu torcia para que a luz da cidade acabasse
Pois só assim se revelava a verdadeira paisagem
O jazz espontâneo da natureza
sob o baile dos pirilampos em sua ambição de estrela.
Nascido em Ribeirão Pires, em 1986, Roger Willian se enveredou por todo tipo de arte. Fez curso de desenho, teve bandas de garagem, estudou história da arte, formou-se em design gráfico e trabalhou em instituições culturais. Atualmente, além de se dedicar ao estudo das Ciências Sociais, está vivenciando a passagem da experiência de leitor compulsivo a aventura de se tornar escritor impulsivo.
Recentemente lançou seu primeiro livro de poesia, Pirilampo pela editora Algaroba.
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