Fernando Andrade
Crítico literário e jornalista
Felino: um animal de quatro patas. Poema: uma anima de quatro partes, versos. De cor, tesão, artesão da palavra bruta-abrupta. Como um escorregão, rasgo de pele e flor desmedida em centímetros, canto e poética de melros gaios esporrentos, sobremaneira torneando a cabeça do leitor, que pesa. pensa e medita este novo petardo sonoro sem travas e moral, buscando apenas a saída do momentoso poema pós- comezinho comedido.
Aqui Sérgio Fantini, faz uma biovoo poética em sua trajetória, quarenta, não retilínia, com fatos e fraseados beats – como um bom jazzista, um beatnik, mistura de vida e ficção poética.
Amores com tremores teores de puro trovador da canção dos festivais onde palavra e ritmo e métrica andavam agudos de tão (in)som-dáveis.
Sérgio faz a gente perceber que a poesia não mede a vida, enquanto tiver palavras na boca, enquanto o ouvido for uma clepsidra que pó-lariza o tempo, este vetor mimético do que sentimos à flor da pele.
São poemas que glosam o espanto do amor verve do dia-a-dia, da relação amorosa em estética do corpo a corpo no desejo de canibalizar todo objeto do desejo em arte.
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