Escritora potiguar lança No Horizonte, a Terra, antologia permeada pela ótica da finitude

no horizonte - Escritora potiguar lança No Horizonte, a Terra, antologia permeada pela ótica da finitude
 
 
 

Danielle Sousa costura quatro contos entrelaçando poética acerca da morte com vívidas referências de jornadas cruas de seus personagens pelo mundo. 

 
 

  Em No Horizonte, a Terra a autora mescla trocas de correspondências, vozes em terceira, primeira e até segunda pessoa; como é o caso de Tire o L da Lira, uma história cheia de referências e homenagens ao poeta Álvares de Azevedo e que possibilita ao leitor uma viagem à São Paulo do século XIX. Nesse conto, Danielle Sousa utiliza fatos da biografia de Azevedo, criando uma brincadeira com a questão do duplo.

  O livro é um projeto encabeçado e editado pela Editora Escaleras (PB), da escritora Débora Gil Pantaleão, ilustrado por Vítor Bezerra e presenteado com uma orelha assinada pela escritora Maria Valéria Rezende. Baboquivari, Antônia, História em seis movimentos e Tire o L da Lira são os quatro títulos que se encontram neste livro, lançado em pleno 2020 pandêmico. Sendo dois desses contos finalistas do Sesc literatura 2012: Baboquivari e História em seis movimentos.

  No Horizonte, a Terra está agora disponível para venda de seus exemplares físicos no site da editora  como também na rede social da escritora

Repleto de viagens mentais, são 86 páginas ao todo, cada conto construído em tempos e referências distintas da vida da autora que pretende encher de impacto os fins que avizinham a vida. Sendo a morte uma espécie de pano de fundo para a jornada que cada personagem protagoniza, Danielle abre com a história de Hermínio, no conto intitulado Baboquivari. Um homem galgando uma travessia tanto ilegal quanto espiritual pelo deserto, pisando em solo montanhoso sagrado e refletindo sobre sua própria condição e de seus pares numa árdua tentativa de chegar à fronteira norte-americana.  

 

A montanha é o último obstáculo antes da cidade, tem que se vencer a montanha. Tem que se vencer Baboquivari. Vencer I’itoi. Para Hermínio, Baboquivari parece querer engolir todos para debaixo da terra, uma cova, uma última morada. Lá de cima a montanha descreve um arco sinuoso, um precipício risonho, mas subir aquilo é impossível. Mais um dia e todos vão virar deserto como o cara de El Salvador virou. Virar osso na boca de um lobo, osso que já sonhou, osso que teve medo de virar osso.

(Trecho de Baboquivari)

 

  Danielle Sousa é natalense (RN), professora, graduada em História, especialista em História do Brasil, Mestra em Ciências Sociais, Mediadora do Leia Mulheres Natal e colaborou recentemente com a coletânea Leia Mulheres: Contos – Vol. 1 (Editora Pólen).

 

Contatos:

Danielle Sousa

(84) 99880-6494

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