Fernando Andrade | jornalista e crítico literário
No jogo de esconde-esconde, temos uma personagem sumido que se camufla em ausência para outra pessoa achar ou descobrir seu corpo, tomar posse de uma amizade que por segundos, se desconectou. Claro que nessa brincadeira, há o aspecto do desejo pelo outro nivelá-lo na nova presença depois da redescoberta.
Penso um pouco nisso quando leio o primeiro livro de poemas da Flávia Reis, Canto algum, ( editora Reformatório). Ela escreve como se desse pistas “falsas” ao leitor criando um códice de interpretação deste desgoverno sobre a pandemia, e aqui a face política do livro, é extremamente simbólica e anárquica, pois a poeta lida com os valores e imagens que entraram neste louco 2020.
No livro da autora pode-se dizer que uma certa onda frequencial, nos remete a um programa de variedades, misturado a um bom vinil, onde o Rock é a contestação do estado de coisas. Toques pessoais na primeira pessoa se misturam , com afetos-sensações de um mundo que parece girar sobre seu eixo de falta de parafuso, ou sem seu centro gravitacional.
São inúmeras combinações sobre o nosso andar-olhar sobre a pandemia, aqui me lembro do verso epígrafe de Itamar, não há saídas, só ruas, viadutos e avenidas. É um móbile de circuladô, onde cabe uma falta (desejo) sobre a face do medo e da morte? As imagens são vivas e cinemáticas, criando um varal cinematográfico por onde a roupa ou roupagem estética se colore com policromatismo poético visual.
Penso um pouco nisso quando leio o primeiro livro de poemas da Flávia Reis, Canto algum, ( editora Reformatório). Ela escreve como se desse pistas “falsas” ao leitor criando um códice de interpretação deste desgoverno sobre a pandemia, e aqui a face política do livro, é extremamente simbólica e anárquica, pois a poeta lida com os valores e imagens que entraram neste louco 2020.
No livro da autora pode-se dizer que uma certa onda frequencial, nos remete a um programa de variedades, misturado a um bom vinil, onde o Rock é a contestação do estado de coisas. Toques pessoais na primeira pessoa se misturam , com afetos-sensações de um mundo que parece girar sobre seu eixo de falta de parafuso, ou sem seu centro gravitacional.
São inúmeras combinações sobre o nosso andar-olhar sobre a pandemia, aqui me lembro do verso epígrafe de Itamar, não há saídas, só ruas, viadutos e avenidas. É um móbile de circuladô, onde cabe uma falta (desejo) sobre a face do medo e da morte? As imagens são vivas e cinemáticas, criando um varal cinematográfico por onde a roupa ou roupagem estética se colore com policromatismo poético visual.
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