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Fernande Andrade – escritor, jornalista e crítico literário
Combinar sons e ritmos maquinários. Aqui dentro da lavra não industrial de Yara Fernandes no seu livro Sádica Sílaba, editora Patuá, a poesia não se reduz ao binário duelo em dueto entre forma e conteúdo. Ela une trabalho forte na linguagem, produzindo e alimentando esta experimentações com a melodia do verso, chegando próximo de aliterações estonteantes.
Unificando uma crítica ao sistema binário onde tudo é rótulo e rótula para engendrar cadeias produtivas de supermercados sobre uma certa forma de botar palavras na esteira de alguma escala de prosódia que gosta da brincadeira das onomatopeias e gírias sob a lira de uma anti carnavalização dos sentidos.
Os sentidos estão tão perto do corpo que fala, mesmo que o órgão não seja sua boca. Pois a poesia de Yara são sinapses nervosas que aglutinam dendritos na sua extremidade mais significante.
A poética parece vir da surpresa das palavras que buscam sua raiz pela outra que seiva som sentido na combinação entre a menor parte do signo, suas sílabas.
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