O movimento é dança, o movimento é anca, ele pode ser estético, esférico, que põe bons círculos na cultura. Cultura faminta, só a antropofágica que engole e deglute todos os movimentos da glote, peristálticos, atléticos, que falam do país, dos pais, que herdam ou contradizem a genética, este DNA de fazer arte brasileira. Um livro é uma rua e não uma avenida. São transversais, e transversões, do movimento de 22 feito pelos poetas Jamesson Buarque e Thaise Monteiro, no livro de poemas, À moda de 22, pela editora Patuá.
A rua é mimética ou paródica? temos lá inúmeros idiomas, falas, linguagens, para refletir não só o pensamento do movimento estético de Oswald de Andrade e Mário de Andrade, mas também, gerir imagens que não analisem o seu conteúdo, mas sim, anarquize sua semiologia, suas entranhas, numa meta confissão da própria ficção modernista. Os autores criam todo um universo de referências embaralhando mensagens, posturas, contextos, para miscigenar o hoje e o passado que na arte parece tão cíclico.
O canibalismo de antropofagizar cultura, em À moda de 22 | por Fernando Andrade
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