O desejo é o teatro onde o amor encena sua tragédia. Como saber se estamos presos à alguém somente pelo desejo da fisicalidade do corpo, suas tensões? ou se há junto, a chama de algum laço de amor pela continuidade? O desejo tenciona alguma relação? Ele pode ruir um casamento?
Muitas peças, filmes e romances já encenaram esta ilha de objetificação do gozo pelo outro. E digo que o desejo é muito promissor do ponto de vista narrativo. Portanto ao ler o livro ‘Três palmos’, da escritora Maria Eugênia, Editora Penalux, revisito todas as roupas, porque já vi este despistamento, ou seria despida(mento), do ato de tirar as roupas da cultura da civilidade?
A autora cria uma relação entre Emílio e Estela onde os dois estão para se separar de um relacionamento que parecia eterno enquanto dure. Ele amargurado vai para casa da mãe sem um tostão no bolso, precarizado, tenta não se desvencilhar da única coisa de afeição que ainda lhe resta: seu canário.
Maria Eugênia com muito humor faz um jogo de cena onde apenas dois personagens dinamizam as teias das “perdas emocionais”. Ele nos dois terços do livro, perambula pela cidade, viaja, perdido num dia frio ou numa noite suja. Ela, Estela, arrependida (?) começa a mandar cartas para o sumido, em busca de uma reparação, que parece agora com um capítulo tarde demais. Uma relação finalizada não tem nada de risível. Mas há sim, uma certa linha de tragicomédia, onde o que vem escondido nos interstícios do discurso amoroso, parece emergir quando a ruína sobrevém à esperança do recomeço.
Muitas peças, filmes e romances já encenaram esta ilha de objetificação do gozo pelo outro. E digo que o desejo é muito promissor do ponto de vista narrativo. Portanto ao ler o livro ‘Três palmos’, da escritora Maria Eugênia, Editora Penalux, revisito todas as roupas, porque já vi este despistamento, ou seria despida(mento), do ato de tirar as roupas da cultura da civilidade?
A autora cria uma relação entre Emílio e Estela onde os dois estão para se separar de um relacionamento que parecia eterno enquanto dure. Ele amargurado vai para casa da mãe sem um tostão no bolso, precarizado, tenta não se desvencilhar da única coisa de afeição que ainda lhe resta: seu canário.
Maria Eugênia com muito humor faz um jogo de cena onde apenas dois personagens dinamizam as teias das “perdas emocionais”. Ele nos dois terços do livro, perambula pela cidade, viaja, perdido num dia frio ou numa noite suja. Ela, Estela, arrependida (?) começa a mandar cartas para o sumido, em busca de uma reparação, que parece agora com um capítulo tarde demais. Uma relação finalizada não tem nada de risível. Mas há sim, uma certa linha de tragicomédia, onde o que vem escondido nos interstícios do discurso amoroso, parece emergir quando a ruína sobrevém à esperança do recomeço.
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