Fernando Andrade: Seu romance tem um caráter social forte mostrando as diferenças sociais, mas sem resvalar num maniqueísmo entre classes. Fale destas relações.
Almir Ghiaroni: A partir do acontecimento descrito no início do livro, os eventos que se sucedem atingem várias pessoas, independentemente da classe social.
Fernando Andrade: Você não idealiza as lutas marciais. Coloca-as de forma natural com o personagem que a utiliza de maneira não equivocada. Me fala sobre este tema no seu trabalho.
Almir Ghiaroni: Desde muito jovem, sempre tive atração pelas artes marciais, em especial pelas técnicas de defesa pessoal.
Aos 23 anos, conheci os mestres Hélio e Rorion Gracie e me tornei aluno e amigo deles.
Nas cenas de lutas que são descritas no livro, eu imagino como um lutador de MMA com uma base sólida de jiu-jítsu iria reagir.
Fernando Andrade: As relações entre a alta sociedade e a milícia parece ser uma radiografia da cidade do Rio. Como fez este desenho social no seu livro.
Almir Ghiaroni: ideia dessa relação vem dos livros que eu já li e dos filmes que já assisti sobre esse assunto.
Fernando Andrade: a violência parece ter um componente forte nas suas narrativas. Me lembrou os livros do Rubem Fonseca pela imagem entre sociedade, polícia e contravenção. Fale disso.
Almir Ghiaroni: Agradeço a comparação. Tive o privilégio de conhecê-lo e sou um grande admirador da sua obra.
Alguns personagens do livro têm uma relação estreita com a violência, Tentei traduzir a rotina deles.
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