Romance ‘Sem luta não se vive’ olha pessoas e mostra vida como ela é sem polarizações | Fernando Andrade

ALMIR GHIARONI - Romance 'Sem luta não se vive' olha pessoas e mostra vida como ela é sem polarizações | Fernando Andrade

 
 
 
 

Fernando Andrade | escritor e jornalista

É interessante notar que o enredo do novo romance do médico e escritor Almir Ghiaroni ‘Sem luta não se vive’ Editora Gryphus tenha como cenário e lugar, o bairro da zona sul carioca, Leblon. Muito criticado por estes tempos políticos, por ser um reduto do conservadorismo carioca, lugar da elite econômica e social, Almir parece rever esta sintonia dos moradores com uma reflexão oportuna. Os estereótipos do lugar serão esfacelados pelo autor que conta a partir de uma cena cotidiana e rotineira, um assalto à Patrícia Magalhães, que certo homem que estava na hora certa no lugar a salva de maiores perigos. Trata-se de Herculano, homem simples que nutre uma certa afetividade pelas artes marciais. Desencadeado, o mote que fará a narrativa fluir, herculano acaba conhecendo a família magalhães, cujo nome mais alto é Antonio Magalhães, um empresário que reside no bairro. Existem duas tramas que vão se encostar, e gerar a maioria dos conflitos. A irmã da esposa de Herculano começa a fazer programas para dois homens: um o marido de Patricia, Cesar. A famigerada consciência de classe, mote das esquerdas, passa, um pouco longe da história, Antonio nutre uma afeição por Herculano e chama ele para trabalhar, para a família.
A célula familiar é tematizada pelo autor sem esta polaridade dentro\fora, perigo\liberdade. Os contextos de conflitos,são todos por dentro do próprio núcleo familiar, onde César tem aspectos de uma vilania latente, um aproveitador social.
se a alguma ligação entre a irmã da esposa de Herculano, com César, toda teia de perigo ao conflito se desencadeará pondo em risco tanto Herculano quanto a família Magalhães. Escrita com ritmo intenso e ágil, propondo quase um thriller de suspense social, onde há delitos, crimes, e investigação policial, para trazer a lei à base da história.

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