Livro de poemas ‘Mais ridículo que’ nos põe em cena ao banal mais poético da vida

Thomaz Pereira poesia 7letras - Livro de poemas ‘Mais ridículo que’ nos põe em cena ao banal mais poético da vida

 
 
 

Fernando Andrade – escritor e jornalista

Escrever uma poesia deveria ser uma afronta para a normalidade do banal, atroz. Pois o banal tem seu estilo, também. O poema por fugir do normal da vida, ter seu ridículo, pois carrega, culpa, desejo, medo, coragem, pois, lidar com palavras firmes e prontas não é para qualquer postulante. Neste livro que leio agora o nome dele vem interrompido para depois do ridículo. Numa relação com vazio, não dele, mais sim do abstrato do efêmero-fugaz. O autor em seu primeiro livro ‘Mais ridículo que’, editora 7 letras, cria situações, ocasiões que podem beijar o absurdo, de coisas findas ou infindas que fazem possíveis projeções na sua rotina. Thomaz Pereira cria esta certa ilusão de ótica, nos eventos, cria um preciosismo na linguagem, burilando certas faces fractais, onde o sentido se multiplica em lacunas ou desvãos. Um humor muito sutil, beira um certo surreal de cenas domésticas como passear com cão ou não, na dúvida mantenha a indecisão. Sintetizando a epígrafe da polonesa famosa, “prefiro o ridículo de escrever poemas ao ridículo de não escrevê-los”. Melhor, seria ao leitor já ir correndo numa próxima livraria para adquirir e deleitar-se com estes belos poemas.

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