Fernando Andrade | jornalista e escritor
A lavra é um pequeno baú de guardados. Não é coisa de terra, de lavrar. Quando você fala lavra no seu peito um monte de sons que saem pelo corpo, indo para as páginas, os livros, formam palavras que emitem não juízos, mas sentidos. Brincar de palavras pode ser tanto melódico aos ouvidos, quanto criar histórias (aben)sonhadas. Que saltitam ora por fábulas, ora provam poemas com jeitos lúdicos. Então, senhores e senhoras ao ler o novo livro do poeta e psicanalista Celso Novaes, Sintaxe do amor, pela editora 7 letras, preparem para as armadilhas da língua que pescam linguados cheios de gostos sinestésicos. São torções com brincadeiras com a linguística, jogos de palavras, a gramática que leva tombos no circo da vida semântica de cada dia do nosso linguajar. Sonhos, atos falhos e lapsos são bem-vindos na experiência de um consultório bem particular cuja audição é a música onde as palavras contorcem em não malabarismos verbais, mas sim pura sintonia musical com a partitura poética do autor.
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