Fernando Andrade – escritor e jornalista
Baco, Deus do vinho, deu um poema novinho ao trovador. Faça deste poema uma trova irrecuperável. Amantes, amores estavam Fernando e Pessoa procurando suas musas. Passou por ali Marcos Alexandre e perguntou ao ferreiro, onde encontrou Orfeu. Passou por aqui com sua lira, e foi à taberna mais próxima cantar. Antes tinha ido ao campo e viu um camponês com seu engenho. Fazer poesias. Aqui provo esta elegia para falar do novo livro de poemas do poeta, Marcos Alexandre Faber, Engenho de Orfeu, editora Reformatório, cuja poética me lembra antigos trovadores de Florença. Cuja capilaridade parece à flor da pele, versejar, a obra do poeta enquanto artista. São poemas cujo cuidado com a artesania cumpre o labor com a palavra bem cuidada; rima, tom, e ritmo em belas harmonias. Indo de metalinguístico ao estilo literário, o autor elabora a estética da composição onde a ficção anda junto com a melodia. Há toda uma musicalidade no desenho rítmico, de Orfeu.
Be the first to comment