Toda interpretação
É digna de arte.
O absurdo que
A existência humana
Tem de suportar é estofo
Suficiente
para renascer florido
***
O tempo
Se mete a resolver as coisas
No gueto de cada um
Mas eu tapo a boca do relógio
Toda poesia é devoradora de silêncios
Coisa que os ponteiros não entendem
***
É que no meu sangue corre água do mar
No sorriso, repara, afasto as nuvens e solto o sol
Fecho os olhos para
o pôr-da-lua
Converso com alguns cometas
Solto camadas,sonho luzes,somo dimensões
Sou mistura-mundos, sou adereço nômade
Transgirl de sentimentos quase puros
Tenho cheiro doce e fala rápida
Mas
Penso como água salgada, que limpa, que arde e cura
Se sangro,corre o oceano todinho
É aí que sou cigarra e voo
Vanessa Silla nasceu em Porto Alegre em 1961.
Formada em Letras pela PUCRS. Especialização em Literatura Brasileira e Mestrado em Escrita Criativa PUCRS.
Cursando o Doutorado em Escrita Criativa também pela PUCRS.
10 livros publicados.
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