Fernando Andrade – crítico de literatura/jornalista
O sadô ousado diz que oh! meus caros quintais desta pátria nossa, tenham resiliência com este terreiro puteiro que é este Brasil que agora a roda é plana, e o rodo passa por quem é Pt saudação. Vamos trocar de pai(s)? agora só se for pai de santo para receber alguns tragos: trago a pessoa amada em três dias, ou trago este país de volta até a próxima ereção ops! eleição. Mas vamos agora a ágora pronta do menestrel cantaautor Zeh Gustavo, em seu novo petardo sonoro e gi(n)gante e multiculturalista Contrarresiliente ( editora Viés). E se a pauta daquele jornal que você lia naqueles idos de 80, tornasse vitrola de um vinil redondo e desce pisante-potente poético?
Zeh distorce a linguagem como uma boa guitarra flamenca duelando etnias e ritmos, torcendo o rabo da porca do parafuso que é o fascismo diário deste pequeno povo cheios de braços tentáculos para apagar história e botar a dança medieval de botar fogo em ideias, palcos, universidades.
O autor vai ao (dis)cerne(i)mento da linguagem com misticismo-aglutinações, entorses de sentido, revelando que a interpretação de texto (profética) não é rasa e nem régua.
Zeh enxerga por dentro não só do corpo pulsional da linguagem, como também das relações sociais medidas por compadrio, ladroagem, conveniências pusilânimes do toma-lá-da-cá.
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