Ana Galdino é natural de São Paulo, moradora e andante na região central.
Aficionada por poesias, cartas e intervenções anônimas, é professora, poeta e cofundadora do clube de leitura Inter-Histórias. Em 2019, integrou o Curso Livre de Preparação do Escritor (CLIPE), na Casa das Rosas. @souanagaldino
Lampejo
janelas venezianas entreabertas
clarão nas noites em que me tomas
durmo, rumo a desaguar
olhos de farol
Peso
navios naufragados
em cemitérios submersos
decompondo meu coração
Cavalo sem nome
cavalo selvagem parte disparado
em direção aos sonhos remotos
lembranças ríspidas espirrarão do
pântano sobre as quatro patas
já laceradas por trancos
passados
cavalo selvagem volve seu corpo
durma em pé aos pés da mangueira
descanse sem ser tragado pelos
fundos das so(m)bras
aguarde os espasmos cessarem
depois esvai seu corpo no
vento
Ciclo
a casa dos trinta agora aberta
dizem, agora é mais peixe que touro
continuo filha de vênus, replico
casulos há tempos
fios que não lembram seda,
muitas couraças.
dói, traço meus fios
à la Guimarães
rasgar e remendar
sempre que eu quiser retalhar
buscas à força, buscas fluídas
nenhuma sentença, senão as criadas.
Lindos seus poemas, reflexivos, inspiradores, sofridos e atenuantes.
Continue com esse trabalho que sempre irá inspirar a refletir sobre tantas questões importantes e suscetíveis.
Parabéns!
Ana
Super talento
Parabens
Bjao
Que alegria ler seus poemas!
São poemas da alma ❤️
Ana,
Sonho, dor, reflexão, inspiração, e coragem. Suas palavras demonstram a combinação perfeita de maturidade e inocência necessárias para vivermos neste planeta.
Orgulho de ti!
Estela