Adriana Vieira Lomar | escritora
Quando recebi o livro do Fernando Sousa Andrade estava recolhida, cercada de livros e lá fora a chuva nutria meu pé de alecrim. Comecei a ler os contos e a janela transversal com histórias das grandes cidades, dos dramas e inquietudes tão próprias dos humanos foi adentrando e vários insights entraram porque a escrita de Fernando desconstrói para depois renascer. O escritor não teme, mergulha, romanceia contos, os personagens cantarolam poesias mesmo em divãs. Questiona a vida, desencontros, o silenciar de corações agitados. Atravessa serras, mundos, passeia de ônibus e não deixa o lirismo morrer.
Fiz a orelha com amor, talvez não seja perfeita, afinal a literatura é inexata, inebria e incomoda.
“A janela é uma transversalidade do corpo” mostra as brechas, penumbras.. e o leitor faz o resto.
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