Fernando Andre | escritor e crítico de literatura
O indivíduo encontra na política uma arte da participação, e realização (?) Mas se estamos perdidos, sem saídas, de um labirinto decretado. O ato de ver o público em todas as coisas, as relações nos tornam aptos para mudança de paradigmas, e transformações de uma sociedade desorganizada. Os seres viventes se agitam em algum caminho estrada que faça o transporte do gado, massa de manobra? populismo e demagogia!
Alcir Simões no seu primeiro livro de poemas, Na barriga do minotauro cabem outras aflições, editora Caos e letras, decantada em versos e prosas, as faces múltiplas do mito, quando arregimentadas por histórias regionais, por fábulas onde reinos se misturam, o humano e a animalidade se antropomorfizam. Como o poema da rã e do sapo.
O autor nos lembra das canções de gesta do período medieval, onde os cantos narrativos levavam gentes e o populacho a sair pelas cidades, metrópoles em busca de algo melhor, expondo este nosso interior agreste e sertão à diáspora para as cidades, ao conceito de trabalho mal remunerado das urbanidades do chão concreto. Toda esta diáspora andarilha que trafegam, circos, ciganos, solitários de um vasto território sem noção de pertencimento e pátria.
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