Livro de poemas ‘Edifício’ metaforiza o pensamento moderno com ar, mobilidade e leveza da escrita geométrica e não racionalizante do poeta | Fernando Andrade

Leandro Jardim - Livro de poemas 'Edifício' metaforiza o pensamento moderno com ar, mobilidade e leveza da escrita geométrica e não racionalizante do poeta | Fernando Andrade

 
 
 
 
 

Fernando Andrade | escritor e jornalista

Não é o riso que provoca a leveza dos poemas Edifício do poeta Leandro Jardim, Patuá, e sim, uma suave ironia sobre como se vê olhar sobre o universo em  construção, nos pensamentos da nossa contemporaneidade.

O poeta utiliza o recurso da não certeza e remove suas convicções sobre até a arte de poetizar. Pode parecer que ele poeta duvida das coisas, mas sim, pela arte de dizer “pouco” sem excessos.

A ironia aparece mais acentuada em poemas como dos prêmios literários, num jogo mordaz sobre o narcisismo da autoria. O título aparece como metáfora, algo ainda não no abstrato, mas sim com levezas dos sentidos poéticos, dos  desenhos geométricos de uma arte em edificação. Pois toda vontade humana, é controlada pela liquidez da grana, é como se for alguém se torna  alguém, nesta hiper-modernidade urbana.

A tristeza, a incapacitação, não pelo jeito da sublimação pela palavra através da arte, mas como deformação do caráter. Sua verticalidade como edifício nos torna pesados e tristes, mas a horizontalidade do recorte do olhar de uma janela de um prédio,  nos torna sobre humano. Para finalizar, as inversões da lógica criam um belo barulho sonoro com efeito sinestésico., revelando que todo olhar tem seu avesso distante.

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