Livro de poemas ‘Quando a língua bate’ tenciona a língua para uma poética lexical.

Patricia Paterle - Livro de poemas 'Quando a língua bate' tenciona a língua para uma poética lexical.
 
 
 
 

Fernando Andrade | escritor e jornalista

O pensamento não nos dá resíduos. Tudo pode ser expresso por palavras.
Claro que os pensamentos sombrios travam na boca, com excesso de saliva.
Mas a vida nos dá a gramática, regras lexicais como jogar com as palavras, encaixá-las na hora certa de acordo com a sintaxe do momento. Imagine um Sótão cheio de imagens com pulsões negativas, violências recalcadas. Resíduos. Quando leio o novo livro da poeta Patricia Peterle, quando a língua bate, pela editora 7 letras, a poeta não faz uma genealogia dos ruídos de sons da língua. Ela poeticamente usa certa semântica poética, para construir ruínas sonoras, espaços onde o metafórico e o literal se enfrentam não numa luta entre lados, e sim, de forma simbiótica. Conhecimento e falta de aptidão à língua nos aproxima de uma cosmovisão do universo lexical português italiano. Quando a língua bate, o ritmo se mistura, com sonoridade, algo transversal é captado pelos sentidos. O livro nos oferece uma imagem viagem à vida submarina das palavras

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