Fernando Andrade – No seu romance que eu li e gostei, notei certa semelhança com seus minicontos, cuja temática resvala na violência e certo humor ácido nas ações humanas.
Alê Motta – Acredito que alguns temas sempre estarão presentes no que escrevo. O humor ácido, as dores, os traumas. Gosto de lidar com a complexidade do ser humano.
Fernando Andrade – Como você trata o racismo no seu romance?
Alê Motta – O racismo é uma coisa deplorável. Esse não é o tema principal do romance, mas como somos atravessados pelo racismo, foi inevitável aparecer na narrativa. Vivemos num mundo e, especialmente num país racista, e o meu personagem, que é um adolescente, se irrita muito com isso.
Fernando Andrade – Sua temática sempre modulou as famílias disfuncionais. E nos contos havia aquela concisão formal com certo humor cortante. Como você acha que modificou ou não no formato do romance sua linguagem e estilo?
Alê Motta – Penso que continuo com meu estilo. Realmente esse humor cortante e o foco nos acontecimentos complicados em família estão sempre presentes no que escrevo. E a concisão, que é meu projeto de escrita. Contar muito, escrevendo apenas o necessário.
Fernando Andrade – Dê sua agenda de divulgação para o lançamento.
Alê Motta – Dia 26 de agosto, segunda-feira, teremos o lançamento do meu “Minha cabeça dói” na Livraria Travessa, em Botafogo, sete da noite.
Escritora Alê Mota
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