Fernando Andrade | escritor e jornalista
O que marca numa cidade cada dia flechado pelo tempo não é certa linha de evento deflagrado por um incidente ou uma morte acidental. É a cada passagem ou dia de nuvens densas ou uma linda fatia de sol, marque em qualquer um a ideia de saudade sobre cada desejo de dia recaído sobre seus habitantes. Um pôr do sol, não deveria ser apenas mais um fim de um expediente exaustivo numa repartição. Mas sim, um desdobramento poético sobre a ode do futuro do trabalho, do cotidiano, seco ou respingado de humor. Se o humor de uma cidade obedece a certa latitude, devemos colocar uma jovialidade de tempo aberto, com sol, lá para o norte, ou nordeste, fazer deste verão uma linguagem somática entre quem desce a ladeira da memória, ou quem vai a via expressa do amanhã. Este percurso entre o que pode certa cidade entre o acordar e adormecer com o dia cheio de compromissos, nos filia certo poeta maranhense quando não chama Luiz, mas, Eduardo em ser julho, ou Júlio, num primaveril livro de poemas chamado não por acaso, Longo poente à deriva, pela editora 7 letras.
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