Desaforo
Os olhos sujos
No encalço da estrela
Que lhe tirasse a dúvida
Contrariado
Cuspiu
Contra o céu
Apressado
Enveredou pelas ruas
Antes que um raio
Lhe caísse em cima
Poético
Desocupados
Sem prumo leem
Poemas
Os que pedem
Nos bares
Bancos das praças
São poemas
Os que vagueiam
Às noites sem rumo
Escrevem poemas
Enforcamento
Deve ser lento
Não uma execução
Sumária
Quando o corpo sente
O tranco
O olhar perdido se anuvia
A beleza do ato
Está em tirar o ar do amor
Até que pouco a pouco
Se aceite o fim
Paulo Pignanelli é paulistano, tem poemas publicados em blogues e revistas eletrônicas
como a revista portuguesa InComunidade, as brasileiras Mallamargens, Germina e
Editora da Tribo, lançou em setembro de 2017 o livro de poesia Gosto de Osso pela
editora Singularidade.
*Os poemas escolhidos para esta publicação foram extraídos do livro Gosto de Osso.
www.mallarmargens.com.br
www.incomunidade.com
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São poemas do livro, meu primeiro livro, que tenho especial predileção pelo caráter de surpresa e ambiguidade que costumam provocar à leitura, ao mesmo tempo tocam o tema da urbanidade que me é caro por conta da formação de arquiteto e lidar profissional, enfim são três poemas de minha preferência e agradeço demais a oportunidade do editor Jean Bispo que ofereceu-me