Jean Narciso Bispo Moura
Pensar a poesia como um registro sonoro que toma de imediato a audição seguindo com suas ondas de afeto até o coração é umas das coisas belas que nos toca e enche de um elevado sentimento.
Rogerio Brito Correia é um desses poetas que transmite a força vital, os seus versos não vestem uma indumentária solene, eles têm um coração quente e lábios com tição que ardem na fogueira do deslumbramento desta lacuna entre o nascer e o fenecer.
Brito Correia em seu Telúrico Lunático, editora Do Carmo [2018] traz poemas que rutilam – movidos por um espírito cantador – transferem para a impressão do livro, todo o valor de um poeta que na sua ação de testemunhar a fé poética, teima em parecer maior do que a própria mancha tipográfica.
O poeta Brito tem essa força que nos encanta e conduz para um lado edificante, de que a poesia é um lugar de consolação e de construção de laços afetivos, abertura para o outro; um exercício perene de resistência e solidariedade.
Jean Narciso Bispo Moura (1980). Poeta, natural de São Félix-BA e reside atualmente em Suzano-SP. Estreou em livro no início dos anos 2000, com o título A lupa e a sensibilidade, também é autor de 75 ossos para um esqueleto poético (2005), Excursão incógnita (2008), Memórias secas de um aqualouco e outros poemas(2011), Psicologia do efêmero (2013), Retratos imateriais(2017) e Dentro de nadir habita o zênite, Ed. Folheando (2018).
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