METAPOEMA
do poema
manter a essência
o que soa
resume
o lume do verso
tessitura de cenas
do mínimo
fabricar o máximo
extrair a síntese
com paciência & zelo
deixá-lo em hibernação
após
libertá-lo do sono
aplainar arestas
servi-lo aos leitores
então.
O PASSADO DÓI, MAS PASSA
tinha
a primavera nos olhos
coração
na ponta dos dedos
percorria bares
numa fome etílica
& humana
perseguia
um ideal imaginário
ele não parecia distante
hoje
– alma estilhaçada –
emenda os nos da existência
quase solitário
numa implacável
resistência.
ARTE & OFÍCIO
travessias iniciam
com úmidos passos
corpo claudicante
cansaço entranhado
nos ossos
é nosso ofício
missão
transformar
emoções inexatas
em Arte
tornar visível
o invisível
fruir toda a beleza
então.
Ricardo Mainieri, poeta de Porto Alegre / RS, nascido em 13/09/1960.
Habilitou-se em Comunicação Social, na PUC-RS, ano de 1983.
Funcionário público na Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Autor do livro-solo, poesias, “A travessia dos Espelhos”, 1990, Ed. IEL/IGEL.
Participação em antologias nacionais como: “Poemas nos ônibus e Trem/RS, anos de 2000, 2006 2011 e 2014”, “Histórias de Trabalho”/RS, anos de 1998, 2002 e 2013, Poemas nos ônibus São Gabriel/RS – 2018, “Livro da Tribo”/SP, anos de 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, “Prêmio Lila Rippol/RS”, 2016 e 2017, “Prêmio Sintrajufe/RS” 2015 e 2017, “Prêmio Amazônia de Literatura”, 2018.
antologia estrangeira como: “Poezz” 2004, Porto, Portugal.
Responde pelo blog: mainieri’s
Beleza, meus poemas emoldurando este espaço privilegiado da boa literatura. Obrigado, Jean, abraço.
Ricardo, agradeço-lhe por fazer parte dele. É uma alegria poder publicar bons autores.